O preço da gasolina em Santa Maria teve redução de mais de 30 centavos, em média, em comparação com os valores praticados em 28 de dezembro do ano passado. É o que mostra uma pesquisa feita na quarta-feira pelo Diário em 30 postos da cidade. O etanol também ficou mais barato, enquanto o diesel subiu de preço.
No final do ano, o litro da gasolina comum custava R$ 6,79, em média. Na quarta, o valor era de R$ 6,47. Os R$ 0,32 a menos representam redução de 4,7%.
A queda é resultado da mudança da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina e o etanol. Desde 1º de janeiro, o índice baixou de 30% para 25%. A majoração do tributo, em vigor desde 2017, foi a forma que o governo do Estado achou para aumentar a arrecadação. No caso do diesel, não houve alteração na alíquota do ICMS.
Com o retorno ao patamar normal de 25%, o governo estimou que a gasolina cairia, em média, R$ 0,44 por litro no Rio Grande do Sul. Não foi esse valor que se verificou, quarta, na pesquisa feita em 30 postos.
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Quarta, o preço mais alto da gasolina em Santa Maria era de R$ 6,59, e o menor, de R$ 6,37. A diferença por litro entre os postos era de R$ 0,22.
De acordo com o sócio-proprietário de uma rede de postos, Henrique Portella, um dos motivos para que a cidade não registre R$ 0,44 de queda no litro da gasolina, como previsto pelo governo estadual, deve-se, por exemplo, ao custo do transporte do combustível da região metropolitana de Porto Alegre ao centro do Estado. O frete da gasolina, que vem de Esteio, custa R$ 0,15 por litro.
Além do frete, a gasolina foi reajusta em janeiro pela Petrobras. O aumento representou R$ 0,11 por litro nas refinarias.
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No caso do etanol, a redução por litro foi de R$ 0,26 em relação a dezembro - queda de 3,9%. No caso do álcool, a diferença de preço entre os postos é considerável: R$ 1,47. O litro mais caro encontrado ontem foi de R$ 7,44, enquanto o mais barato era de R$ 5,97.
Gerente de um posto de combustíveis, Claudemir Gomes do Nascimento, 43 anos, diz que o preço da gasolina comum teve uma redução de cerca de R$ 0,40 por litro em relação a dezembro. Isso fez com que as vendas crescessem.
- O impacto foi bom, porque vem melhorando as vendas. Devido à pandemia, ainda há uma defasagem, mas estão crescendo - conta Gomes.
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O cozinheiro e agropecuarista Guga Pimenta, 60 anos, ressalta que, mesmo que toda redução no preço contribui para uma economia no bolso, deveria haver uma diminuição ainda mais expressiva dos combustíveis. Ele ressalta que os governos estaduais deveriam priorizar o povo e as pessoas que dependem dos combustíveis para trabalhar. Na mesma linha, ele reforça também os valores elevados no que se refere ao diesel.
- Gasolina eu uso muito pouco. Uso mais diesel, tanto na caminhonete quanto no trator. O diesel, sim, que está caro demais. Esse teria que baixar mais ainda. Não que a gasolina não deva baixar, mas acho que o governo tem que se preocupar mais com a parte produtiva - afirma.
DIESEL SOBE DE PREÇO
O que Pimenta se refere é o custo elevado do diesel, pois a queda do ICMS não abrange esse combustível. Por isso, diferentemente da gasolina e do etanol, que baixaram, o diesel ficou mais caro em relação a dezembro. Na quarta, o litro custava R$ 5,55, em média, na cidade. Em relação a 28 de dezembro, quanto era vendido R$ 5,30, o aumento foi de R$ 0,25, ou 4,7%.